quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

POESIA - Querida Cachoeira



Ouço ao longe o choro 
tristonho de um carro de carro de boi;
Tanto chorou que seu dono
destas terras não mais se foi.

Chegou, criou logos raízes
pois viu como a terra era boa;
Às margens de um ribeirão
foi aquele homem morar.

És louco ? Vais viver sozinho?
Não vais mais remédios vender?
Acaso não há nesse mundo
outro lugar pra viver?

Não se preocupe meu caro, 
raízes também tenho aqui,
E trago na bolsa a cura
pra solidão e loucura.

O lugar que ele escolhera
virou logo um grande atrativo,
veio gente de toda parte
veio até de Minas Gerais.

Virou logo então, "lugarejo"
Depois veio a ser "povoado"
Depois deram-lhe um belo nome,
tão belo quanto as quedas d'águas.

Seu nome? Cachoeira Alta,
tão alta quanto o "boqueirão",
suas águas ainda hoje saciam
a sede do povo e do chão.

Ó Cachoeira querida
orgulho de quem a conhece,
Teus filhos nunca abandonastes
nem ao forasteiro deixastes.

Tem gente que um dia foi embora
prometendo não mais voltar
mas quem fez-se aqui passarinho
Ao ninho há de um dia voltar.

Deixo a ti ó cidade amada,
meus votos de prosperidade
Que dia a dia aches motivo
Pra ser a mais bela cidade.

Ó Cachoeira querida
orgulho de quem a conhece,
quem um dia de ti provou
sei que não mais te abandonou !


                           Autora: Priscilla Dias Cavalcante

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